A 17 de Janeiro ocorreu a primeira sessão negocial do ACT, tendo a mesma sido iniciada com uma intervenção da Dra. Madalena Albuquerque.
Neste discurso foi efetuado um enquadramento global da MEO, dando ênfase ao momento transformacional que o segmento das telecomunicações atravessa a nível global.
No final foi desde logo dada a indicação, que a proposta da empresa seria muito aquém daquilo que gostariam de proporcionar aos trabalhadores.
No entanto, mesmo com esta advertência, a MEO conseguiu surpreender a mesa negocial, com uma “contraproposta”, que nem digna desse nome é, em que a esmagadora maioria dos trabalhadores, fica sem qualquer aumento em 2025!
Este tipo de decisão, apesar de justificada com uma preocupação da sustentabilidade da empresa a médio e longo prazo, demonstra uma clara falta de consideração pela justa remuneração dos trabalhadores, que continuam a ver o seu poder real de compra a diminuir, a cada ano que passa.
A proposta concretiza-se em:
- alargar o âmbito com a inclusão da empresa MEO Energia no ACT;
- fixar o vencimento mínimo em 915€;
- alterar a tabela de valores mínimos, valorizando os salários mais baixos;
- aumento do subsidio de refeição em 0,6€, para 9,60€;
- garantir em 2025 um conjunto de 550 movimentos de evolução profissional;
- conceder mais um dia de férias anual, para antiguidades superiores a 20 anos;
- protocolar, a título experimental, que sejam considerados nas revisões do ACT de 2026 e 2027, os princípios e critérios referentes ao desempenho operacional e financeiro, designadamente a alocação de 5% do valor correspondente ao incremento do EBITDA-CAPEX, considerando períodos anuais homólogos (últimos 2 exercícios);
Ainda que este seja o ponto de partida para as negociações, seria de esperar uma proposta que fosse minimamente capaz de dignificar o esforço dos trabalhadores, não lhes retirando uma vez mais o direito a ver o seu trabalho devidamente recompensado de forma justa e equilibrada, face ao resultado do negócio da empresa.
Para o TENSIQ é incompreensível que não existam aumentos para todos os trabalhadores, em linha com os restantes aumentos dos custos de vida a que todos estamos sujeitos.
Esperamos que a gestão faça a sua proposta evoluir de forma substancialmente positiva, reconsiderando a gestão de verbas com os trabalhadores, de forma a possibilitar um aumento generalizado para todos os trabalhadores, em detrimento de prémios variáveis apenas para alguns.
O TENSIQ está empenhado em fazer todos os esforços possíveis, para que esta negociação evolua da melhor forma para todos os trabalhadores.