A 30 de Janeiro ocorreu a segunda sessão negocial do ACT, mas dada a medíocre proposta inicial da MEO, o TENSIQ entretanto reuniu com a maioria dos Sindicatos, com vista a unir esforços e sintonizar estratégias, para conseguir o melhor resultado possível, dada a intransigência da Administração em não proceder a aumentos condignos, que permitam manter o poder de compra dos trabalhadores.
Na reunião, os representantes da MEO voltaram a apresentar os mesmos argumentos, para validar a decisão de não efetuarem aumentos, que deveriam ser no mínimo, equivalentes à taxa de inflação.
No entanto os sindicatos foram unânimes em afirmar que é sabida a real capacidade financeira da empresa e que seriam possíveis aumentos justos, que apenas não são feitos, para manter os custos com os trabalhadores controlados, valorizando assim a empresa, que poderá a qualquer momento sair da esfera do Grupo Altice.
Após uma exaustiva argumentação de ambos os lados, a MEO apresentou uma evolução na sua proposta de revisão do ACT, sendo a mesma de:
- aumento de 0,2% para todos os trabalhadores;
- aumento do subsidio de refeição em 0,6€, para 9,60€;
- fixar o vencimento mínimo em 915€;
- alterar a tabela de valores mínimos, valorizando os salários mais baixos;
- conceder mais um dia de férias anual, para todos os trabalhadores;
- garantir em 2025 um conjunto de 550 movimentos de evolução profissional;
- protocolar, a título experimental, que sejam considerados nas revisões do ACT de 2026 e 2027, os princípios e critérios referentes ao desempenho operacional e financeiro, designadamente a alocação de 5% do valor correspondente ao incremento do EBITDA-CAPEX, considerando períodos anuais homólogos (últimos 2 exercícios);
Apesar de esta proposta ir ao encontro de um ponto fundamental para o TENSIQ, que é o de existirem aumentos para todos os trabalhadores, o valor de 0,2% é claramente irrisório e insuficiente para fazer face aos aumentos generalizados dos preços e do custo de vida em geral.
Registamos com agrado a atribuição de mais um dia de férias, mas iremos manter o foco negocial naquilo que todos sabemos ser a remuneração justa e equilibrada dos trabalhadores, que são a força vital da MEO.
Nesta reunião foi muito falado sobre a “transformação” que a MEO tem de sofrer para se manter líder e competitiva nesta área de negócio, sendo que do lado dos trabalhadores também é fundamental existir uma “transformação” na sua atuação, para poderem passar a ser ouvidos e considerados, de uma outra forma pela Administração da MEO.
Está na mão de todos nós lutar pelo devido reconhecimento e valorização do seu trabalho.