Nesta altura de encerramento do ano de 2024, é o momento de fazer o balanço final do ano e refletir sobre a dinâmica da Altice, no que respeita à gestão dos seus trabalhadores.
Ficou claro para todos os presentes na Festa de Natal, que apesar da MEO continuar a ser o Operador de referência em Portugal, com um bom desempenho geral, no momento de partilhar o valor gerado pelo negócio, a gestão apenas sabe dizer: “Obrigado, Obrigado a todos”!
Entre os trabalhadores presentes, a desilusão foi evidente e comentada, tornando este momento, bem menos festivo do que todos os trabalhadores mereciam.
É assim evidente, que o apoio dos trabalhadores aos Sindicatos, é cada vez mais fundamental, para que se consiga com a União de todos, lutar por uma maior justiça e equilíbrio na partilha do lucro conseguido pelo negócio, a que todos os trabalhadores se dedicam.
Nas últimas semanas, foram efetuadas algumas reuniões entre os Sindicatos e a Altice, nas quais o TENSIQ esteve ativamente presente e cuja informação resumidamente partilhamos:
A DPE apresentou uma “Atualização do Modelo de Avaliação”, cujas principais alterações são a diminuição do nº de competências a avaliar, a alteração para uma escala qualitativa, a implementação de um modelo de calibração e principalmente a Avaliação a 180º.
Para o TENSIQ, apesar do modelo tentar trazer algumas alterações meritórias e introduzir a avaliação das chefias no processo, na realidade e para a esmagadora maioria dos trabalhadores não irá trazer alterações práticas ao modelo de avaliação e sobretudo não irá trazer mais justiça, nem promover a evolução na carreira, que é aquilo que realmente importa aos trabalhadores – puderem ser avaliados corretamente, evoluírem nos seus conhecimentos e desempenho profissional e finalmente puderem ver refletidos nos seus vencimentos, os frutos da sua evolução profissional.
Assim sendo, a alteração de fundo do Modelo de Avaliação, defendida pelo TENSIQ, e que os trabalhadores realmente necessitam, continua por ser feita.
A DPE apresentou também a ideia da implementação de um modelo de carreiras em “Y”, separando as “carreiras técnicas” das “carreiras de gestão”, sendo que estas últimas englobam todas as chefias, independentemente da área de atuação. Este modelo tem como principal finalidade, poder reter trabalhadores, através de aumentos salariais, sem que obrigatoriamente os mesmos passem a ser chefias. Desta forma, um profissional poderá progredir na carreira em que desempenha as suas funções de forma exemplar, não tendo que passar a exercer um cargo de chefia, uma vez que nem todos os trabalhadores, têm as competências necessárias para um cargo de gestão de equipas.
Numa reunião efetuada com a CEO, a mesma fez um resumo da situação atual da MEO, onde se realçou o bom resultado global alcançado em 2024, a entrada do operador DIGI e a dinâmica de resposta da MEO, através do rebranding da UZO, assim como outros temas ligados ao negócio, mas a questão que mais se destacou, por intervenção dos Sindicatos, foi a dos aumentos para 2025!
Para este tema, não existiu uma resposta, tendo a CEO remetido para as negociações do ACT, que irão ser iniciadas em Janeiro de 2025. No entanto, foi desde logo referido pela mesma que o enquadramento seria diferente dos dois últimos anos, pois os resultados apesar de bons, não são extraordinários e com a entrada do novo operador, a principal preocupação é manter a sustentabilidade a médio e longo prazo.
Apesar de todos nós sermos sensíveis aos desafios enfrentados pela empresa, também sabemos que os lucros obtidos são significativos e devem ser repartidos com os trabalhadores de forma justa, o que não se tem verificado nos últimos anos, sendo urgente reforçar o salário real dos trabalhadores da MEO.
Na mesma reunião, foi também abordado o tema da venda da Altice Portugal, cuja resposta invariável é a de que seremos informados quando for uma realidade. Para já é apenas um rumor.
Também no que respeita à auditoria interna da Operação Picoas, as conclusões foram entregues ao Ministério Público e por isso está em segredo de Justiça. Não se acrescenta nada de novo.
Foi abordado o tema das RMA´s, que este ano voltaram a surgir, mas a empresa reitera que se trata apenas de sondagem de interesse de alguns trabalhadores, sendo que cerca de metade dos contactados, aceitou esta forma de saída da empresa.
O TENSIQ relembra que, nenhum trabalhador pode ser forçado, nem assediado para aceitar uma Rescisão por Mútuo Acordo, não podendo sofrer represálias caso não aceite. Se algum trabalhador tiver dúvidas sobre os RMA´s, estamos disponíveis para acompanhar o mesmo, basta entrar em contacto connosco.
Aproveitamos ainda para informar todos os nossos associados, que o Processo que deu entrada em Tribunal, relativo às alterações dos Planos de Saúde da ACS, teve a sua Audiência de Partes em Outubro e uma vez que não se chegou a acordo, ficou a primeira audiência marcada para Abril de 2025.